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Temperaturas recordes: O que você tem a ver com isso?

Sentiu muito calor fora de época por aí?


Os noticiários do mês de julho falaram muito sobre temperaturas recordes no verão do hemisfério norte. E mesmo para quem estava em pleno inverno no lado sul do planeta, viveu com temperaturas acima da média. Agora, em plena primavera aqui no Brasil, nós também experimentamos temperaturas recordes logo nas primeiras semanas da estação.


Bora entender um pouco mais sobre como o clima está nos afetando?


Clima x Tempo: É tudo a mesma coisa?

Para começar, precisamos entender que o tempo é um fenômeno que ocorre na atmosfera terrestre e é composto por elementos como a radiação solar, temperatura, umidade, vento, chuva, entre outros. O tempo é definido como uma condição atmosférica registrada em um período de tempo curto específico de um local. É o que sentimos no cotidiano, que nos ajuda a dizer se está quente ou frio, se precisamos de blusa ou levamos guarda-chuva, por exemplo.


o clima é formado por um conjunto de dados atmosféricos coletados em um longo período de tempo (maior do que 30 anos). Assim, é possível identificar padrões e exceções, como temperaturas extremas ou mudanças nas características que esperamos de cada estação.


Para ter ideia da sua importância, o clima é um dos aspectos essenciais que sustentam a vida na Terra. A atmosfera intervém na dinâmica da água, do solo e dos seres vivos, assim como o clima também depende e faz parte do ecossistema equilibrado para ter um bom funcionamento.




Uma volta no tempo e uma pergunta: estamos vivendo uma extinção em massa agora?

A ciência estuda a evolução do universo e do planeta. Isso significa que, por mais que possa parecer que nada muda, essa é uma interpretação equivocada. Isso ocorre devido ao nosso limite de percepção, pois não é possível observarmos esses fenômenos de maneira tão fácil e compreendê-los apenas dentro da experiência da nossa vida cotidiana. Mas por que isso ocorre?


A geografia física explora a evolução do nosso planeta, assim como a astronomia explora a evolução do universo. A escala de tempo destes fenômenos é da ordem de milhares, milhões e bilhões de anos. Diante da nossa visão humana de tempo de vida, temos a impressão equivocada de que a superfície terrestre está parada, sem modificações ao decorrer dos dias e que sempre foi assim.


Os estudos dessas áreas científicas permitiram quebrar esse paradigma e atualmente sabemos que a Terra passa por constantes transformações, inclusive no seu clima, que oscila entre períodos mais quentes e períodos mais frios.


A humanidade triunfou no Holoceno (últimos 10.000 anos), época de grande estabilidade climática, que manteve temperaturas abaixo do período Eemiano (entre 130.000 e 110.000 anos) e acima do último período glacial (entre 110.000 a 10.000 anos atrás), com uma variação de apenas 0,5º C para cima ou para baixo da média do século XX. Esse período foi fundamental para o desenvolvimento da agricultura e avanço da pecuária.


Outro importante fator da evolução são os eventos de extinção em massa. Essas extinções de espécies ocorrem de forma natural com taxa de 0,1 a 1 perda por 10.000 espécies a cada 100 anos. A extinção acontece quando a perda de determinada espécie é maior do que a natureza é capaz de repor no mesmo período temporal, sendo caracterizada por ter pelo menos 75% de perda das espécies em menos de 2 milhões de anos.


Resumo dos principais marcos*:

- 13,5 bilhões de anos: surgimento do Universo; - 4,5 bilhões de anos: formação da Terra;

- 3,8 bilhões de anos: aparecimento dos primeiros seres vivos;

- 540 milhões de anos (CAMBRIANO): primeira explosão de vida animal;

- 435 milhões de anos (ORDOVICIANO): 1ª extinção em massa;

- 345 milhões de anos (DEVONIANO): 2ª extinção em massa;

- 250 milhões de anos (PERMIANO): 3ª extinção em massa;

- 195 milhões de anos (TRIÁSSICO): 4ª extinção em massa;

- 65 milhões de anos (CRETÁCEO): 5ª extinção em massa;

- 2,5 milhões de anos: surgimento do gênero Homo, que inclui os humanos modernos;

- 200 mil anos: surgimento do Homo Sapiens na África;

- 90 mil anos: Homo Sapiens se espalhando pelo Planeta;

- 12 mil anos: Revolução Agrícola e assentamentos permanentes;

- 10 mil anos (HOLOCENO): 6ª extinção em massa;

- 200 anos (ANTROPOCENO): Revolução Industrial.


*Lembrando que são aproximações, uma vez que processos históricos não têm um ponto exato no tempo, mas é didático para compreender a evolução.


Atualmente, essa taxa estimada para o desaparecimento das espécies é importante, porque ajuda a compreender a dinâmica pela qual estamos passando: a alta perda de espécies, que está entre 1.000 a 10.000 vezes maior que o esperado para as condições ambientais normais.


Há várias razões para a extinção de uma espécie acontecer, como a mudança do habitat por causas naturais ou caça. Mas com a quantidade de seres humanos e todos os recursos usados para sustentar nosso estilo de vida, esta se tornou a principal razão da perda atual das espécies.


Aquele tal de aquecimento global

Um dos fatores que ameaçam as espécies é o aquecimento da temperatura média global. A adaptabilidade ao meio ambiente acontece ao longo de gerações de espécies, porém a velocidade em que os humanos constroem e mudam o meio é maior do que a ação da natureza – e nem todas as espécies conseguem acompanhar essas transformações e acabam perecendo. É o que mostra um dos estudos do Living Planet Report: 58% de todos os animais vertebrados do planeta foram extintos entre 1970 e 2010, sendo 68% de 1970 até 2016 e 69% de 1970 a 2018.


Tanto agora como no passado, cientistas apontam os mecanismos em comum que desencadearam essas extinções em massa. Estamos falando de mudanças abruptas na atmosfera e nos oceanos do planeta (na escala de tempo geológico) que colapsaram os ecossistemas. A grande questão é que se antes esse desequilíbrio acontecia por conta de atividades vulcânicas e asteroides, agora acontece por conta de atividades humanas – período denominado como Antropoceno.


A composição da atmosfera está mudando pela emissão de aerossóis e gases de efeito estufa. A concentração de CO2 na atmosfera variou de 185 a 280 partes por milhão (ppm) nos últimos 800 mil anos, mas foi observado uma concentração de 400 ppm em 2015, um aumento de cerca de 40% desde 1750 após a Revolução Industrial. Em maio de 2023, o NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) registrou um pico de 424 ppm de concentração de CO2, ou seja, em menos de 10 anos aumentou cerca de 10% em relação aos níveis pré-industriais, alcançando um nível 50% maior do que registrados anteriormente à criação das máquinas. Esta aceleração é um choque para a atmosfera.


Composição do Ar Seco

Isso significa que o CO2 é um dos gases com potencial de mudar a temperatura do planeta, assim como o sal que, mesmo em pequena quantidade, se comparado a outros ingredientes, é capaz de mudar radicalmente o sabor de um alimento. Ou melhor dizendo, nem todos os gases presentes na atmosfera produzem o efeito estufa, mas por causa da alta capacidade de absorção da radiação infravermelha emitida pela superfície, o CO2 funciona como um vidro de uma estufa que deixa a luz solar passar, mas não deixa que ela saia da Terra. E conjuntamente com o vapor d’água, o metano, o óxido nitroso e o ozônio, o CO2 compõe o que são denominados os Gases de Efeito Estufa (GEEs).


Você sabe o que é "efeito estufa"?

Mesmo em pouca quantidade, esses gases são importantes influências para as condições da atmosfera e da biosfera. A água é o GEE mais abundante e maior contribuinte no geral para regular a temperatura da atmosfera, porém as emissões humanas são muito pequenas e há um limite de saturação que se ultrapassado gera a condensação. Isso geralmente ocorre quando as moléculas de água se aglutinam até precipitar, seja em forma de chuva, granizo ou neve a depender de algumas condições.


Os fatores que determinam o grau de influência do gás na temperatura terrestre é o tempo de duração dele no ar, a quantidade presente na atmosfera e a capacidade de absorver a radiação infravermelha.


A combinação dessas 3 características chave é chamada de Forçante Radiativa (Radiative Forcing), um indicador que mede o quanto cada gás de efeito estufa contribui na temperatura da Terra.


O gráfico e a tabela abaixo resumem a contribuição dos principais gases e as fontes de emissão deles desde 1750.



Note como a variação da temperatura acompanhou o nível de dióxido de carbono na atmosfera ao longo de 135 anos:

Com a alteração na composição da atmosfera na Terra projetada para o final desse século, a temperatura não estará tão alta desde o surgimento dos primeiros hominídeos. Isso é o que chamamos de aquecimento global que, em conjunto e com interferências mútuas do declínio da biodiversidade, principalmente devido à perda de vegetação nativa e escassez de água, desencadeiam as mudanças climáticas causadas pelas atividades industriais humanas.


É importante entender que é a temperatura média da Terra que está aumentando. Porém, em alguns locais pontuais ficará mais frio e, em alguns períodos, acontecerão até mesmo momentos de frio extremo. Mesmo assim, a tendência é que a média de temperatura aumente, havendo mais períodos com temperaturas quentes cada vez mais altas, como é possível verificar no gráfico anterior.



E o ser humano com isso?

O estilo de vida atual da humanidade é altamente dependente dos serviços ecossistêmicos que a biodiversidade provê de graça e nem entram na contabilidade da nossa economia. A queda da biodiversidade traz risco à nossa agricultura que depende do clima muito específico, com temperatura estável, grande abundância de água, polinização e preparação do solo, sendo que esses elementos são garantidos e controlados por florestas, insetos, fungos e bactérias. O Brasil também é um País vulnerável pelo fato de sua economia ser formada em grande parte pelo agronegócio (¼ do PIB em 2022). Outro setor vulnerável é o de produção energética, pois cerca de 60% da fonte da nossa energia elétrica é captada através da água das hidrelétricas. A questão é que houve uma queda de 7% na produção nacional, de 2020 para 2021, devido à escassez de chuvas em 2021. Isso significa que somos ainda mais afetados pelo colapso dos ecossistemas, uma vez que o desmatamento da floresta é o principal causador da diminuição da biodiversidade.


Tendo tudo isso em vista, devemos responder a pergunta:


Ser o país com a maior floresta tropical do mundo, ou seja, que detém um grande sumidouro de carbono e abrigo da biodiversidade global, nos dá o direito de ser o país que mais desmata?


“Como se vê, nas próximas crises, os pesos relativos dos fatores econômicos e dos fatores ambientais na geração das crises tenderão a se inverter, cabendo ao ciclo clássico do capitalismo cada vez mais um papel apenas coadjuvante e aos crescentes custos das crises ambientais, cada vez mais o papel de protagonista. É o que afirma James Leape, diretor internacional da WWF: ‘O mundo está no momento lidando com as consequências de superestimar seus ativos financeiros. Mas uma crise mais fundamental está à frente – uma contração dos créditos ecológicos causada pela desvalorização dos ativos ambientais que são a base de toda a vida e prosperidade.’ (...) a degradação ambiental terá uma participação cada vez maior nos custos da economia global. Na realidade, ela já ocupa posição expressiva entre os fatores que tendem a manter deprimido o desempenho econômico desde 2010. A degradação ambiental está se tornando, em suma, a componente estrutural da crise do capitalismo global.”


– Capitalismo e o Colapso Ambiental



As emissões globais dos gases de efeito estufa ainda não atingiram o nível mais alto e as políticas atuais não são suficientes para barrar o aumento da temperatura em apenas 1,5 ºC. Estimativas indicam que esse aumento alcance 3 ºC até 2100.


Considerando que a emissão de carbono ainda está crescendo e os acordos internacionais (como o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris) não estão sendo cumpridos, se mantermos as altas taxas das emissões de GEEs, alcançaremos os seguintes aumentos de temperaturas aproximadamente nas próximas décadas:

Aumento Médio das Temperaturas Globais aproximado com base no ano de 1850 estimado pelo IPCC ao longo das próximas décadas, considerando o pior cenário em que as emissões de GEEs continuem muito altas: - 2030: + 1,6 ºC

- 2040: + 2,0 ºC

- 2050: + 2,4 ºC - 2070: + 3,6 ºC

- 2090: + 4,4 ºC


Na tabela seguinte, é possível identificar com mais detalhes as variações de temperatura, de acordo com cada cenário de emissão dos GEEs.


Então, perceba que a quantidade de graus que irá aumentar depende das nossas escolhas e atividades atuais.


Para entender melhor, recomendamos que veja esse vídeo feito pela revista The Economist para assimilar o que aconteceria com as vidas humanas nesse cenário com média de 3 ºC mais quente que o nível das temperaturas pré-industriais. Aviso: Ative a legenda e mude a tradução automática para português. Observação: o conteúdo é forte e pode conter gatilhos de ansiedade climática. https://www.youtube.com/watch?v=uynhvHZUOOo


O Climainfo sintetizou algumas informações para facilitar o entendimento:

(https://climainfo.org.br/wp-content/uploads/2021/08/Previsoes-Climaticas-IPCC-Infografico.pdf):




Questão urgente dos oceanos

Os oceanos ajudam a absorver a maior parte da temperatura do aquecimento global (cerca de 90%) e também absorvem o CO2 da atmosfera (cerca de 25%), que também gera outro problema para a vida marinha de acidificação dos oceanos. A grande questão, aqui, é que a absorção de CO2 pelo oceano já está chegando no limite, porque quanto maior a temperatura das águas, menor é a capacidade do oceano em reter CO2. E quanto maior o acúmulo de gases na atmosfera, mais quente a atmosfera e o oceano ficam, aumentando o nível do mar – o que diminui praias e cidades litorâneas.


Além disso, a alta temperatura dos oceanos potencializa os eventos climáticos extremos de forma mais recorrente, como tempestades com ciclones mais violentos, secas mais duradouras e inundações mais intensas. O El Niño é um fenômeno que agrava esses efeitos, caracterizado por águas mais quentes no oceano Pacífico do que o normal, tendo consequências climáticas no mundo todo. E mesmo que ainda esteja no início e seja fraco, já sentimos seus efeitos. Inclusive, ainda esse ano, se juntou com as altas temperaturas anômalas em partes do oceano Atlântico Norte.


Estamos passando por esses fenômenos agora e o que verificamos são recordes das altas temperaturas terrestres e marítimas em todo o globo no patamar aproximado de +1,2 ºC, com as mais variadas notícias de catástrofes ambientais nos últimos 4 meses, com exceção da primeira:

Mundo em alerta

17 de maio de 2023 - Aquecimento da Terra pode superar limite de 1,5º até 2027, advertem cientistas

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gn60zqklgo

27 de Julho de 2023 - Correntes oceânicas podem entrar em colapso em 2025, diz estudo. As descobertas foram publicadas em 25 de julho na revista científica Nature Communications:

“Os resultados indicaram fortes indícios de que o AMOC poderia entrar em colapso entre 2025 e 2095, com uma surpreendente margem de acerto de 95%. O colapso mais provável está previsto para ocorrer por volta do ano de 2057. O AMOC, que também inclui a Corrente do Golfo em seu sistema, é o principal mecanismo responsável por transportar calor para longe dos trópicos em nosso planeta. Sem ele, os trópicos sofreriam aquecimento acelerado, causando interrupção das chuvas vitais para os ecossistemas da América do Sul, oeste da África e regiões do sul da Ásia, como a Índia. Paralelamente, a Europa do norte e oeste perderia o fornecimento de águas quentes dos trópicos, resultando em mais tempestades e invernos extremamente frios nessas áreas. Além disso, a perda da Corrente do Golfo também resultaria em aumento do nível do mar ao longo da costa leste dos Estados Unidos. Embora outros cientistas do clima se mostrem cautelosos, destacando incertezas nos dados que podem afetar a precisão das previsões, a mera possibilidade de um colapso do AMOC tão em breve é motivo de preocupação. ‘Nos últimos anos, temos testemunhado os perigos do aquecimento global causado pela atividade humana, com ondas de calor afetando grande parte do hemisfério norte. E, mesmo que o colapso do AMOC possa trazer resfriamento para a Europa do norte e oeste. Isso contribuiria para um aumento do aquecimento nos trópicos, onde as altas temperaturas já têm causado desafios nas condições de vida’, disse Ditlevsen.”

https://ultimosegundo.ig.com.br/meioambiente/2023-07-27/correntes-oceanicas-podem-entrar-em-colapso-em-2025--diz-estudo.html


4 de agosto de 2023: “Na Flórida, a temperatura da superfície do mar atingiu 38,44°C na semana passada — comparável a uma banheira de hidromassagem. Normalmente as temperaturas devem ficar entre 23°C e 31°C, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA ma sigla em inglês).” https://www.bbc.com/portuguese/articles/c9wxl4x7pmlo


05 de Agosto de 2023 - Temperatura do oceano atinge recorde e alimenta eventos climáticos extremos: “Calor intenso capaz de desligar celulares. Fumaça de incêndios florestais que torna o céu alaranjado apocalíptico. Inundações repentinas que submergem cidades no norte de Nova York e Vermont. Essa sequência de desastres recentes é impulsionada em parte pelos novos padrões do clima. Mas há um aspecto particular do aquecimento global que fornece um combustível potente para tornar os eventos climáticos extremos ainda mais intensos: os oceanos com temperaturas recordes. [...] Brosnan, fundadora da consultoria de risco ambiental Deborah Brosnan & Associates: Padrões climáticos estranhos e perigosos serão a norma em lugares onde nunca aconteceram antes e com maior frequência.[...]O clima escaldante também atinge a Ásia, com temperaturas em Tóquio subindo quase 16 graus Fahrenheit (9 graus Celsius) acima da média sazonal.”

https://www.bloomberglinea.com.br/2023/08/05/temperatura-do-oceano-atinge-recorde-e-alimenta-eventos-climaticos-extremos/


06 de Setembro de 2023 - “Incêndios, inundações, ciclone no Brasil: veja os extremos climáticos nos Hemisférios Norte e Sul neste ano: 2023 deve bater o recorde de ano mais quente da História, segundo o Observatório Europeu Copernicus (EMS)” https://oglobo.globo.com/mundo/clima-e-ciencia/noticia/2023/09/06/incendios-inundacoes-ciclone-no-brasil-veja-os-extremos-climaticos-nos-hemisferios-norte-e-sul-neste-ano.ghtml


20 de Setembro de 2023 - Crise do clima ‘abriu as portas do inferno’, afirma secretário-geral da ONU: Abertura da Cúpula da Ambição Climática, em Nova York, ocorreu sem a participação de representantes da China e dos Estados Unidos, os dois países mais poluentes do planeta. “Com secas, inundações, temperaturas sufocantes, incêndios históricos, ‘a humanidade abriu as portas do inferno’, como demonstraram os ‘horríveis efeitos do horrível calor’, disse Guterres [...] ‘A ação pelo clima se vê ofuscada pela magnitude do desafio’, motivo pelo qual, se não houver mudanças, o planeta se dirige para um ‘mundo perigoso e instável’, com um aumento da temperatura de 2,8 ºC, alertou. [...] ‘O futuro ainda não está decidido, cabe a líderes como você escrevê-lo’, disse também Guterres, que acredita que ‘ainda podemos limitar o aumento da temperatura global a 1,5 ºC e construir um mundo de ar limpo, empregos verdes e energia limpa e acessível para todos. [...] ‘Muitas das nações mais pobres têm todo o direito de estarem irritadas’, porque são elas que ‘mais sofrem as consequências de uma crise climática que eles não provocaram’, porque não receberam o financiamento prometido e porque seus custos de financiamento ‘estão nas alturas’.”

https://tribunaonline.com.br/internacional/crise-do-clima-abriu-as-portas-do-inferno-afirma-secretario-geral-da-onu-150477?home=esp%C3%ADrito+santo


20 de Setembro de 2023 - CIÊNCIA APONTA QUE O CLIMA DO PLANETA JÁ PASSOU DO PONTO DE NÃO-RETORNO

https://www.youtube.com/watch?v=FVKnVSnJiRw&list=PLk0oKdQQTsO0TnjGY9cLW8zz24-4DsVVl&index=10


05 de Outubro de 2023 - Mais um recorde: o setembro de 2023 foi o mais quente já registrado na história. “Isso é mais um sinal da velocidade com que os gases de efeito estufa (GEEs) estão alterando o nosso clima. E como vários outros recordes de temperaturas foram quebrados nos últimos meses (julho e agosto), o ano de 2023 está a caminho de ser o ano mais quente já registrado no planeta!‘ Desde junho, o mundo tem experimentado um calor sem precedentes em terra e no mar. As anomalias de temperatura são enormes – muito maiores do que qualquer coisa que já vimos no passado. A extensão do gelo marinho no inverno antártico foi a mais baixa já registrada para aquela época do ano. O que é especialmente preocupante é que o evento de El Niño ainda está em desenvolvimento, e por isso podemos esperar que estas temperaturas recordes continuem durante meses, com impactos em cascata no nosso ambiente e na sociedade’, disse Petteri Taalas, Secretário-Geral da WMO.” https://www.tempo.com/noticias/actualidade/mais-um-recorde-o-setembro-de-2023-foi-o-mais-quente-ja-registrado-na-historia.html


Impactos na saúde

06 de Julho de 2022 - Reportagem explica os efeitos das altas temperaturas na saúde humana: Ondas de calor extremo e alta umidade ameaçam a saúde humana: As ondas de calor estão se tornando intensas à medida que o clima muda – durando mais, tornando-se mais frequentes e ficando simplesmente mais quentes. “Uma pergunta que muitas pessoas estão fazendo é: ‘Quando vai ficar muito quente para a atividade diária normal como a conhecemos, mesmo para adultos jovens e saudáveis?’ A resposta vai além da temperatura que você vê no termômetro. É também sobre a umidade. Nossa pesquisa mostra que a combinação dos dois pode se tornar perigosa mais rapidamente do que os cientistas acreditavam anteriormente. [...] Quando o corpo superaquece, o coração tem que trabalhar mais para bombear o fluxo sanguíneo para a pele para dissipar o calor, e quando você também está suando, isso diminui os fluidos corporais. No caso mais grave, a exposição prolongada pode resultar em insolação, um problema com risco de vida que requer resfriamento imediato e rápido e tratamento médico. Nossos estudos com homens e mulheres jovens e saudáveis ​​mostram que esse limite ambiental superior é ainda menor do que os 35°C teorizados. É mais como uma temperatura de bulbo úmido de 31°C (88°F). Isso equivaleria a 31 C a 100% de umidade ou 38 C (100 F) a 60% de umidade. [...] Em ambientes quentes e secos, os limites ambientais críticos não são definidos pelas temperaturas de bulbo úmido, porque quase todo o suor que o corpo produz evapora, o que esfria o corpo. No entanto, a quantidade que os humanos podem suar é limitada e também ganhamos mais calor com as temperaturas mais altas do ar. Lembre-se de que esses pontos de corte se baseiam apenas em evitar que a temperatura do corpo suba excessivamente. Temperaturas e umidades ainda mais baixas podem sobrecarregar o coração e outros sistemas do corpo. E, embora eclipsar esses limites não represente necessariamente o pior cenário, a exposição prolongada pode se tornar terrível para populações vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças crônicas.” https://www.ecodebate.com.br/2022/07/08/ondas-de-calor-extremo-e-alta-umidade-ameacam-a-saude-humana/


20 de Setembro de 2023 - Tempo quente no Brasil: o efeito de temperaturas extremas sobre nosso corpo

https://www.youtube.com/watch?v=FU9DWT4okBk&list=PLk0oKdQQTsO0TnjGY9cLW8zz24-4DsVVl&index=6


Consequências para o Brasil

25 de Setembro de 2023 - “Novo ciclone no Rio Grande do Sul marca primeira semana da primavera: A Defesa Civil gaúcha emitiu alerta nesta segunda-feira (25), válido por 24 horas, para risco de alagamentos, cheias em arroios, inundações de rios e regiões ribeirinhas. O ciclone, conforme o Inmet, vai se deslocar para o alto-mar formando uma frente fria e temporais entre Santa Catarina e São Paulo. A segunda-feira foi marcada por temperaturas máximas acima de 40ºC em Cuiabá e no estado de Tocantins. Belo Horizonte bateu recorde de calor, com temperatura de 38°C. São Paulo e Rio Janeiro terão temperaturas mais amenas a partir de hoje, porém ainda acima de 30ºC.”

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-09/novo-ciclone-no-rio-grande-do-sul-marca-primeira-semana-da-primavera


25 de Setembro de 2023 - “Passagem de ciclone no RS: após vistoria, apenas 56% das casas de Muçum são liberadas para moradores”

https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2023/09/25/apenas-56percent-das-casas-de-mucum-seguem-habitaveis-apos-passagem-de-ciclone-aponta-governo.ghtml


25 de Setembro de 2023 - “No domingo, quatro capitais tiveram recordes de temperatura no ano: Rio de Janeiro (39,9ºC), Belo Horizonte (37,1ºC), São Paulo (36,5ºC) e Curitiba (33,1º). [...] O atual alerta de calor começou na última segunda-feira (18). Esse período, que é classificado pelo Inmet como de "grande perigo", é caracterizado por temperaturas até 5ºC acima da média. O instituto aponta ‘riscos à saúde’.”

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/09/25/previsao-do-tempo-geral-ultima-semana-setembro.htm


17 de Setembro de 2023 - Belém será a segunda cidade mais quente do mundo em 2050: Que calor! Estudo divulgado pelo jornal Washington Post sobre temperatura mostra que Belém terá 222 dias de calor perigosamente alto em menos de três décadas

https://dol.com.br/noticias/para/828081/belem-sera-a-segunda-cidade-mais-quente-do-mundo-em-2050?d=1


18 de Setembro de 2023 - Calor extremo irá atingir 5 bilhões de pessoas em 2050, diz estudo: “Cientistas preveem que Manaus será uma das cidades mais quentes do mundo em 2050, alcançando cerca de 258 dias de calor extremo no ano. Belém, por sua vez, chegará a 222 dias de calor extremo, um aumento de seis meses de calor, o mais drástico entre todas as cidades com mais de 500 mil habitantes no mundo.”

https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/calor-extremo-ir%C3%A1-atingir-5-bilh%C3%B5es-de-pessoas-em-2050-diz-estudo/ar-AA1gU9Pn#image=1


Ficou curiosa ou curioso? Verifique aqui a situação na sua cidade: https://www.washingtonpost.com/climate-environment/interactive/2023/extreme-heat-wet-bulb-globe-temperature/

28 de Setembro de 2023 - O Brasil terá cidades inabitáveis por causa do calor?

https://www.youtube.com/watch?v=UM9PVk-olVc&list=PLk0oKdQQTsO0TnjGY9cLW8zz24-4DsVVl&index=5&t=20s


05 de Outubro de 2023 - SECA NA AMAZÔNIA PODE DURAR ATÉ JANEIRO E JÁ AMEAÇA RIOS ESTRATÉGICOS: “Para responder a essas e outras questões, a Amazônia Real procurou cientistas prestigiados da região para explicar como a ciência explica essa seca histórica. Em comum, eles alertam: vai piorar. ‘A tendência é que vai se agravar, tanto no decorrer do atual evento como na frequência e intensidade de eventos desse tipo no futuro’, explica Philip Martin Fearnside, uma das maiores referências científicas da Amazônia, prêmio Nobel da Paz com a equipe do IPCC em 2007 e colunista da Amazônia Real. ‘É uma seca anômala, e de fato só está começando. Então ela pode ficar ainda pior’, atesta Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam e coordenadora do Mapbiomas Fogo. [...] Na parte socioambiental, o pesquisador alerta sobre o número de doenças que podem surgir e serem transmitidas pela água contaminada e ressalta a alta concentração de esgoto que está presente nos rios. Em Manaus, mais de 90% do esgoto não é tratado. ‘A água está vindo praticamente como uma sopa de contaminação e de matéria orgânica, de cauxi [um tipo de esponja amazônica], de lama, de sedimento. A água nesse período está mais complicada de uso, já estão proibindo o banho em alguns lugares como na Ponta Negra’, diz.Jesem Orellana, epidemiologia da Fiocruz, já havia alertado no início de setembro, em entrevista à Amazônia Real, sobre os males que as fumaças trazem para a população e o que podia se esperar com a intensificação da crise climática. Entre as doenças, o epidemiologista destaca, em nova entrevista à agência, o surgimento de pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (asma, bronquite, enfisema pulmonar), idosos e crianças com desidratação, irritação em olhos e garganta. Já a escassez de água potável pode resultar em uma série de doenças evitáveis (leptospirose, hepatite A, doença diarréica, desinteria e parasitismo intestinal) e o agravamento de complicações de doenças cardiovasculares e pressão alta. ‘Serão justamente os que pouco ou quase nada contribuíram para essa crise climática os mais penalizados. É desumano, cruel e injusto ver essas pessoas adoecendo e morrendo por doenças plenamente evitáveis’, afirma Orellana. [...] ‘Portanto, o estado tem que fazer de tudo para evitar que isto aconteça [impactos da crise climática]. Infelizmente, o governo está indo na direção oposta, e o fato mais evidente é a sua promoção da rodovia BR-319, uma obra que, apesar do discurso, implica em vastas áreas de desmatamento e emissão de gases de efeito estufa’, afirma Fearnside.”

https://www.youtube.com/watch?v=_jz6FssL1Cg&list=PLk0oKdQQTsO0TnjGY9cLW8zz24-4DsVVl&index=9


06 de Outubro de 2023 - Como a ciência explica a seca histórica na Amazônia: “O fenômeno El Niño e o aquecimento das águas do Atlântico Tropical Norte justificam apenas em parte a crise climática extrema: a ação humana sob a floresta amazônica agrava a situação que já é de calamidade pública. Na imagem acima, pescadores da Colônia Antônio Aleixo caminham pelo canal do igarapé de acesso ao lago, em Manaus”

https://amazoniareal.com.br/ciencia-explica-seca-historica/


11 de Outubro de 2023 - Fumaça de queimadas coloca Manaus entre cidades com pior qualidade do ar no mundo: “Numa escala que vai 0 a 160 µg/m3, Manaus chegou a atingir 499 µg/m3, entre 8h e 9h desta quarta-feira, na Zona Sul.

Os dados do Selva, que possui 17 sensores em Manaus, são utilizados pela World Air Quality Index, uma outra plataforma que mostra os níveis de poluição no mundo. Ao longo desta quarta, os índices colocaram a capital entre as piores cidades do planeta em poluição do ar.”

https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/10/11/fumaca-de-queimadas-coloca-manaus-entre-cidades-com-pior-qualidade-do-ar-no-mundo.ghtml

19 de Outubro de 2023 - Cuiabá bate novo recorde de calor com 42,2°C, diz inmet:

“Cuiabá bateu o novo recorde de calor, na tarde desta quarta-feira (18), com 42,2°C. A onda de calor que se instala sobre o Centro-Oeste elevou um pouco mais as temperaturas no estado. O último registro de dia mais quente do ano foi feito no dia 11 de setembro, com 41,6°C.”

https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2023/10/19/cuiaba-bate-novo-recorde-de-calor-com-422c-diz-inmet.ghtml



O grande perigo na Ásia e Oceania

15 de Julho de 2023 - “Chuva provoca 22 mortes e deslizamentos na Coreia do Sul: Nas áreas mais afetadas, casas foram completamente arrastadas”

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/07/15/chuva-provoca-mortes-e-deslizamentos-na-coreia-do-sul.ghtml


01 de Setembro de 2023 - “Ásia e Oceania batem recordes de temperatura: Na Índia, agosto foi o mês mais quente e seco já registrado; mesmo em período de monções, chuvas foram abaixo do normal. [...] Agosto é o mês que marca o meio da temporada anual de monção na Índia, que, em geral, provoca 80% das chuvas anuais do país. As monções provocaram inundações fatais em algumas áreas do norte da Índia, mas, no geral, as chuvas foram mais moderadas do que o habitual. [...] As autoridades do Japão também anunciaram nesta sexta-feira que o país enfrentou o verão mais quente desde que o país começou a registrar as temperaturas, em 1898.”

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2023/09/asia-e-oceania-batem-recordes-de-temperatura.shtml



Desequilíbrio na África

09 de Setembro de 2023 - África é responsável por apenas uma pequena proporção das emissões mundiais de gases com efeito de estufa, mas sofre desproporcionalmente as consequências das alterações climáticas. De acordo com um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), esta situação prejudica a segurança alimentar, os ecossistemas e as economias. Ao mesmo tempo, esta realidade impulsiona o deslocamento humano e a migração e agrava a ameaça de conflitos devido à escassez de recursos.[...]A agricultura constitui a espinha dorsal dos meios de subsistência e das economias nacionais de África, apoiando mais de 55% da força de trabalho. No entanto, o crescimento da sua produtividade agrícola diminuiu 34% desde 1961 devido às alterações climáticas. Esta diminuição é a mais elevada em comparação com o que outras regiões do mundo experimentaram.”

https://www.tempo.com/noticias/actualidade/africa-e-o-continente-mais-afetado-pelas-mudancas-climaticas-seca-agricultura.html


15 de Setembro de 2023 - “Desigualdade: África sofre impacto desproporcional dos efeitos da emergência climática: Relatório divulgado antes da tragédia na Líbia mostra que 110 milhões de pessoas no continente foram afetadas em 2022. A África é responsável por menos de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa, mas sofre desproporcionalmente com as alterações climáticas. Isso prejudica a segurança alimentar, os ecossistemas e as economias dos países do continente, aumenta o deslocamento de pessoas e a migração, e agrava a ameaça de conflitos devido à diminuição dos recursos.[...] Dentre os fenômenos meteorológicos agravados pelo aquecimento global, aqueles que provocam mais mortes são as ondas de calor, explica Carlos Nobre, cientista especialista em clima, ao Brasil de Fato. ‘Já estamos com 30% a mais de chuvas fortes e 70% a mais de ondas de calor. Isso porque estamos com uma perspectiva de aumento de 1,3 graus Celsius na temperatura global para este ano’, afirma Nobre, fazendo comparações com a média do período 1850-1900, utilizado nos estudos sobre o clima para embasar as metas de combate ao aquecimento global. Existe um consenso de que, para a temperatura do planeta não subir além de 1,5 graus em relação ao período 1850-1900, é preciso reduzir em quase 50% as emissões até 2030 e zerar as emissões líquidas. Na semana passada, no entanto, a ONU lançou um relatório mostrando que, no ritmo atual, a temperatura vai subir de 2,4 a 2,6 graus até 2050. ‘Por mais que eventos extremos estejam causando números gigantescos de mortes, a emissão de gases de efeito estufa não diminui. Neste ano, vão bater o recorde de 2022’.”

https://www.brasildefato.com.br/2023/09/15/desigualdade-africa-sofre-impacto-desproporcional-dos-efeitos-da-emergencia-climatica


19 de Setembro de 2023 - “Com cerca de 20 mil vítimas após enchentes, Líbia recebe gestos de ajuda:

Após enchentes em Cyrenaica, situação da saúde em Derna é preocupante; dificuldades podem prejudicar a coordenação e a eficácia do apoio internacional. Mais de uma semana após as enchentes que devastaram Cyrenaica, no leste da Líbia, ainda há incertezas sobre o número real de mortes e de pessoas desaparecidas, e as estimativas iniciais, de cerca de 20 mil mortos e desaparecidos, podem aumentar. Os gigantescos volumes de água causados pelas chuvas do ciclone subtropical Daniel destruíram duas represas nas proximidades de Derna, um centro urbano que registrou a destruição de mais da metade de seus edifícios. A situação na cidade, que há muito tempo está isolada do resto do país, é considerada dramática: o fracasso na recuperação de muitos corpos e a destruição total da infraestrutura hídrica elevaram o nível de alarme para possíveis epidemias. Os socorristas têm como principais objetivos, nessa fase de emergência, o fornecimento de água potável para a população e o enterro dos mortos, para evitar que a cidade semi-destruída também se torne o centro de uma catástrofe sanitária. Derna é o maior centro urbano atingido pelo ciclone, mas outras áreas periféricas e rurais também foram afetadas e as equipes de socorro enfrentam a dificuldade de chegar fisicamente a cada local. Esses problemas são agravados por outros problemas de natureza burocrática, pelo menos para as organizações estrangeiras: a obtenção de vistos para entrar no país é, de fato, muito complexa, o que atrasa as operações de socorro.”

https://noticias.cancaonova.com/mundo/com-cerca-de-20-mil-vitimas-apos-enchentes-libia-recebe-gestos-de-ajuda/


25 de Setembro de 2023 - “Líbia: autoridades dificultam ajuda humanitária e reprimem jornalistas: Em comunicado divulgado hoje, a Anistia Internacional (AI) apelou para que as autoridades locais que controlam, de fato, o Leste da Líbia garantissem a defesa dos Direitos Humanos e levantassem de imediato todas as restrições indevidas impostas aos meios de comunicação social que estão na região para tentar proceder à facilitação de ajuda humanitária a todas as comunidades afetadas.”

https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-09/libia-autoridades-dificultam-ajuda-humanitaria-e-reprimem-jornalistas




Extremos na Europa e Estados Unidos

10 de Julho de 2023 - “Mais de 61 mil pessoas morreram de calor na Europa no verão de 2022, diz estudo:

Levantamento publicado na Nature Medicine prevê ainda 94 mil mortes caso países europeus não tomem medidas para conter mudanças climáticas. Estação registrou recordes históricos de temperatura e queimadas no continente no ano passado.[...] O verão de 2022 foi o mais quente registrado até hoje na Europa, com sucessivas ondas de calor que causaram recordes de temperatura, seca e incêndios florestais.”

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/07/10/mais-de-61-000-pessoas-morreram-de-calor-na-europa-no-verao-de-2022.ghtml


19 de Julho de 2023 - “Onda de calor na Europa e nos EUA congestiona hospitais: Os cientistas, há muito tempo, têm avisado que as mudanças climáticas, causadas pelas emissões de CO² da queima de combustíveis fósseis, tornarão as ondas de calor mais frequentes, severas e mortais. [...] Segundo as Nações Unidas, a maior temperatura já registrada na Europa deve ser superada em breve: foram 48.8º C na Sicília, em 2021.

O Ministério da Saúde informou que, em toda a península, houve um aumento de 20% no número de pessoas internadas com sintomas relacionados ao calor, como desidratação, exaustão, insolação e confusão. Vinte e três cidades italianas estão em alerta vermelho. Roma também é uma das cidades que se tornaram um caldeirão fervente e nem a água das fontes é capaz de refrescar. A previsão é que a temperatura por lá suba ainda mais, principalmente, de noite.”

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/07/19/onda-de-calor-na-europa-e-nos-eua-congestiona-hospitais.ghtml


23 de Julho de 2023 - Resorts na Grécia estão sendo afetados: “Milhares de turistas e moradores na ilha grega de Rodes se amontoaram em escolas e abrigos neste domingo (23) fugindo de um incêndio florestal, com muitos escapando em barcos particulares pelas praias enquanto as chamas ameaçavam resorts e vilarejos costeiros. [...]A brigada de incêndio disse que 19.000 pessoas foram removidas de casas e hotéis, classificando a operação como o maior transporte seguro de residentes e turistas que a Grécia já realizou.[...]“Foi literalmente como o fim do mundo”, disse o turista britânico Ian Murison à Sky News de um barco de resgate que conseguiu depois que a multidão lotou os ônibus em uma evacuação caótica de uma praia. Incêndios são comuns na Grécia, mas os verões mais quentes trouxeram mais deles nos últimos anos, com a mudança climática como fator determinante.”

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/turistas-fogem-de-incendio-na-ilha-grega-de-rodes/


12 de Agosto de 2023 - Resorts no Havaí estão sendo afetados: “Segundo dados do governo dos EUA, cerca de 14% do estado do Havaí está enfrentando uma seca severa ou moderada, o que traz condições bastante propícias para os incêndios florestais. Pesquisadores também constataram que o Havaí está recebendo apenas uma fração da chuva que recebia há um século - cerca de 10% - e desde 2008, a região vem enfrentando um período notavelmente seco. ‘A mudança climática geralmente não inicia os incêndios, mas os intensifica, aumentando a área que queimam e tornando-os muito mais perigosos’, escreveu em uma rede social a professora Katharine Hayhoe, uma das principais vozes da ciência do clima.”

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/08/13/fervura-global-incendios-no-havai-deixam-93-mortos-o-pior-desastre-do-tipo-nos-eua-em-1-seculo.ghtml



Recomendamos esses vídeos para quem quiser saber mais desse assunto por documentários e noticiários apoiados no audiovisual:

- Esse é o maior desafio da humanidade (https://www.youtube.com/watch?v=sgBF3XrJhvY&t=325s)

- Aquecimento Global e Mudanças Climáticas (https://www.youtube.com/watch?v=vzDWFsfrFGY)

- Mitos e esclarecimentos sobre o Efeito Estufa (https://www.youtube.com/watch?v=vTBNnXyjHbc&t=43s)

- SINAIS QUE O AQUECIMENTO GLOBAL NÃO É UMA FARSA | Mudanças climáticas #3 (https://www.youtube.com/watch?v=Np-eHAHRA5c)

- O AQUECIMENTO GLOBAL É MESMO CAUSADO PELO HOMEM ?? | Mudanças Climáticas #4 (https://www.youtube.com/watch?v=CMXFUTLp8ks&t=11s)

- VOCÊ não vai GOSTAR desse VÍDEO | Mudanças Climáticas | Astrum Brasil (https://www.youtube.com/watch?v=o7TQx2R24lI)

- O que o El Niño fará à Terra em 2024 (https://www.youtube.com/watch?v=40dRnvsiDUU&list=PLk0oKdQQTsO0TnjGY9cLW8zz24-4DsVVl&index=8) - As 6 grandes extinções em massa e por que vivemos uma agora (https://www.youtube.com/watch?v=iBvvQ5rY_oY&t=5s)

- Rompendo Barreiras: Nosso Planeta (https://www.netflix.com/br/title/81336476)

- David Attenborough e Nosso Planeta (https://www.netflix.com/br/title/80216393)

- Comer vai nos levar à extinção (https://www.primevideo.com/detail/0JAEFMNSDRWIGAC5XO7XIV0NEU/ref=atv_sr_fle_c_Tn74RA_1_1_1?sr=1-1&pageTypeIdSource=ASIN&pageTypeId=B09ZDRRGVS&qid=1695495228407)

- A Era de Estupidez (https://www.primevideo.com/gp/video/detail/A-Era-de-Estupidez-The-Age-of-Stupid/0MRX32B993UUIHPRXME8DJPK2P/ref=atv_nb_lcl_pt_PT?language=pt_PT&ie=UTF8#:~:text=%C3%89%20o%20ano%20de%202055,humanidade%20n%C3%A3o%20impediu%20a%20cat%C3%A1strofe.)

- Os EUA e as Mudanças Climáticas do Planeta (https://www.disneyplus.com/pt-br/movies/z-parize-do-pittsburghu/3fvrs9sOyki9)

- Quão verde é o novo PAC? (https://open.spotify.com/episode/3uPcSgv4fm41tAlxNCdwVz)

- O Ambicioso Plano do Brasil para SALVAR O PLANETA (https://www.youtube.com/watch?v=fdtYe7FSQl8&list=PLk0oKdQQTsO0TnjGY9cLW8zz24-4DsVVl&index=7)



E vocês teriam outras recomendações?



Atualização dos acontecimentos dessa semana: 04 de Novembro de 2023 - SP: Após temporal, 1,5 milhão estão sem luz; Enel prevê normalização até 3ª:

“As chuvas que atingiram o estado de São Paulo na tarde de ontem (3) mataram ao menos seis pessoas. Vários bairros da capital paulista ainda têm imóveis sem energia e sofrem com a interrupção no fornecimento de internet, telefonia e até água desde o apagão que teve início por volta das 16h desta sexta-feira. A Enel prevê normalização do serviço até a próxima terça-feira (7), enquanto cerca de 1,5 milhão de pessoas continuam sem luz.

Segundo a Enel, cerca de 2,1 milhão de clientes ficaram sem luz no estado de São Paulo. Destes, 620 mil imóveis tiveram a energia restabelecida. O diretor comercial da Enel, André Oswaldo, disse em entrevista ao Brasil Urgente que os hospitais e escolas estão entre as prioridades no momento. "Amanhã temos o Enem. Estamos com prioridade grande em cima das escolas, porque precisam funcionar bem amanhã", afirma Oswaldo.” https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/11/04/chuvas-falta-energia-sao-paulo.htm?cmpid=copiaecola


06 de Novembro de 2023 - O que provocou as ondas gigantes que arrastaram banhistas no Rio de Janeiro:

A ressaca marítima é frequentemente desencadeada por eventos climáticos adversos, como tempestades, ventos fortes, ciclones e furacões. No caso do Rio de Janeiro, um sistema de alta pressão estava influenciando o tempo na cidade, e o resultado foi a agitação intensa do mar. O movimento vigoroso das ondas, que chegam a quebrar sobre si mesmas, cria esse espetáculo impressionante e, por vezes, perigoso.

O impacto dessa ressaca marítima não se limita apenas a imagens espetaculares e à interrupção da tranquilidade das praias cariocas. O mar agitado pode resultar em estragos na infraestrutura costeira, levando à invasão de avenidas, calçadões e ciclovia, como visto no Leblon e em Ipanema. Além disso, as ondas gigantes representam uma ameaça real à segurança das pessoas, como evidenciado pelo trágico afogamento de três indivíduos no domingo.”

https://revistaforum.com.br/brasil/sudeste/2023/11/6/que-provocou-as-ondas-gigantes-que-arrastaram-banhistas-no-rio-de-janeiro-147204.html


06 de Novembro de 2023 - Ciclone extratropical foi responsável por ressaca que atingiu RS e outros Estados:

Um ciclone extratropical motivou a ressaca que atingiu o litoral brasileiro nos últimos dias. O fenômeno causou ondas anormais na região sudeste do Brasil e danos a estruturas em praias do Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (3), a Marinha emitiu aviso de mau tempo em pontos do litoral gaúcho até o norte do país, com ondas de até 3,5 metros. A cidade do Rio de Janeiro foi um dos locais mais atingidos pela elevação da água.

— O vento acima de 80 km/h, por vezes acima de 100 km/h, e o vento Sul acabaram “empurrando” o oceano em direção à costa do Sudeste. O Rio de Janeiro tem uma peculiaridade: tem a costa virada em direção ao Sul e ao Sudeste, então o vento empurrou toda a água naquela direção — resume Henrique Repinaldo, meteorologista da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O especialista diz que o fenômeno é comum nesta época do ano, mas a abrangência dos efeitos observados nos últimos dias não é recorrente.

— O núcleo do ciclone não se deslocou muito em direção aos Estados do Sudeste: teve um deslocamento como geralmente tem, que é em direção ao Leste, afastando-se do continente. No entanto, teve uma intensificação importante sobre o oceano, e foi isso que fez com que a área de atuação ficasse mais estendida do que geralmente ocorre, principalmente em novembro — acrescenta o meteorologista da UFPel.”

https://gauchazh.clicrbs.com.br/ambiente/noticia/2023/11/ciclone-extratropical-foi-responsavel-por-ressaca-que-atingiu-rs-e-outros-estados-clond0br4008e013m926mljsv.html


06 de Novembro de 2023 - Moradores registram tempestade de areia encobrindo Manaus:

“A capital do Amazonas, Manaus, foi encoberta por uma tempestade de areia na tarde de ontem (5), e a poeira, somada à fumaça das queimadas que permanece há uma semana na região. Segundo a MetSul, a tempestade é resultado da "estiagem severa" que há meses afeta o Norte do país como resultado da influência do fenômeno climático El Niño.”

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/11/06/am-videos-mostram-tempestade-de-areia-encobrindo-a-cidade-de-manaus.htm?cmpid=copiaecola


Escrito por: Juliana Paulino

Editado por: Bruna Neto

Revisado por: Mayara Almeida







Fontes:

- Introdução à Climatologia para os Trópicos de J.O. Ayoade

- Introdução à Climatologia da Editora Geographica da Série Textos Básicos de Geografia de 2008

- Para Entender a Terra - 6.ed. Por John Grotzinger, Tom Jordan

- A Sexta Extinção: uma História não natural de Elizabeth Kolbert

- Homo Sapiens: uma breve história da humanidade de Yuval Noah Harari

- Capitalismo e o Colapso ambiental

- https://phoenix.org.br/fosseis-periodos-geologicos/

- https://www.ecodebate.com.br/2016/07/27/o-clima-na-era-dos-humanos-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

- http://labs.icb.ufmg.br/lbem/aulas/grad/evol/especies/massext.html

- https://ourworldindata.org/mass-extinctions

- https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.1400253

- https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/99279/97695

- https://www.noaa.gov/news-release/broken-record-atmospheric-carbon-dioxide-levels-jump-again#:~:text=Measurements%20of%20carbon%20dioxide%20(CO,peaks%20in%20the%20Northern%20Hemisphere.

- https://www.noaa.gov/news/carbon-dioxide-levels-rose-at-record-pace-for-2nd-straight-year

- https://ourworldindata.org/co2-and-greenhouse-gas-emissions

- http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap1/cap1-2.html

- https://cetesb.sp.gov.br/proclima/gases-do-efeito-estufa/

- https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/voce-sabe-como-os-gases-de-efeito-estufa-aquecem-o-planeta

- https://gml.noaa.gov/outreach/behind_the_scenes/whymeasure.html

- BEN 2022: https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-675/topico-631/BEN_S%C3%ADntese_2022_PT.pdf

- https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/clima/mudancas_climaticas2/

- https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2023/06/por-que-devemos-nos-preocupar-com-o-aquecimento-dos-oceanos

- https://news.un.org/pt/story/2021/01/1738362

- https://climainfo.org.br/wp-content/uploads/2021/08/Previsoes-Climaticas-IPCC-Infografico.pdf




Fontes de imagens: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/as-estacoes-ano.htm

https://www.mdig.com.br/index.php?itemid=53652

https://www.folhape.com.br/noticias/onda-de-calor-poe-o-sudoeste-dos-eua-em-alerta/279915/

https://portals1.com.br/inmet-alerta-de-chuva-para-joao-pessoa-e-outras-61-cidades-da-paraiba/

https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2023/06/o-que-e-um-ciclone-extratropical-fenomeno-e-frente-fria-chegam-ao-sul-do-brasil

https://phoenix.org.br/fosseis-periodos-geologicos/

https://www.ecodebate.com.br/2016/07/27/o-clima-na-era-dos-humanos-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

https://ourworldindata.org/mass-extinctions

https://www.britannica.com/science/extinction-biology

https://cetesb.sp.gov.br/proclima/gases-do-efeito-estufa/

https://gml.noaa.gov/outreach/behind_the_scenes/whymeasure.html

https://www.carbonbrief.org/analysis-which-countries-are-historically-responsible-for-climate-change/

https://climainfo.org.br/wp-content/uploads/2021/08/Previsoes-Climaticas-IPCC-Infografico.pdf









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